Tema/Teoria:
Rochas sedimentares – classificação das rochas sedimentares: rochas detríticas areníticas.
Resumo:
Uma das classificações utilizadas para as rochas sedimentares baseia-se na origem da fracção predominante que as constitui. Segundo esta perspectiva, podem considerar-se: rochas quimiogénicas, rochas biogénicas e rochas detríticas.
Rochas detríticas são rochas constituídas por clastos provenientes de outras rochas. Classificam-se de acordo com a granulometria preponderante dos elementos em: rochas conglomeráticas, rochas sílticas, rochas argilosas e rochas areníticas.
As rochas areníticas não consolidadas denominam-se areias, que, atendendo à sua composição e ao aspecto que apresentam, podem dar muitas indicações sobre a fonte dos materiais que as constituem e sobre as condições ambientais em que se formaram.
Entre os grãos de areia existem espaços ou poros onde a água ou o ar podem circular e, por essa razão, as áreas são muito permeáveis.
Palavras-chave:
Granulometria; porosidade; rochas detríticas; rochas areníticas; rochas sedimentares; transporte; poros; permeabilidade; rochas desagregadas ou não consolidadas; grau de calibragem.
Observações/Resultados:
Solo | Quantidade de água (ml) | Volume total de areia (ml) |
Areia 1 | 80 | 170 |
Areia 2 | 90 | 190 |
Areia 3 | 90 | 200 |
Areia 4 | 74 | 200 |
Areia 5 | 62 | 210 |
Areia 6 | 68 | 230 |
Areia Mista (1+3+5) | 66 | 160 |
Areia 2 = 47,4%
Areia 3 = 45%
Areia 4 = 37%
Areia 5 = 29,5%
Areia 6 = 29,6%
Mista = 41,25%
Areia Mista com água pela superfície |
Na areia 5 foi possível ouvir um som enquanto a água penetrava nos espaços vazios.
Discussão de resultados:
Como explica a existência de poros nas areias?
Os grãos que constituem as areias assumem formas diferentes porque sofrem transportes diferentes, e portanto não são todos iguais, não encaixando uns nos outros, havendo espaços vazios entre eles.
Compare a porosidade nas situações ensaiadas
Através dos cálculos, verifica-se que a areia 2 é aquela que apresenta melhor porosidade, apenas com um pequeno avanço sobre a areia 1. Depois vem a areia 3, de seguida a areia mista, depois a areia 4 e por fim as areias 5 e 6 com porosidades quase iguais.
Estará a porosidade das areias relacionada com a granulometria e com o grau de calibragem?
Nesta experiência, a granulometria das areias aumenta de forma crescente, ou seja, a areia 1 tem pouca granulometria e a areia 6 tem grande granulometria. A mistura tem uma granulometria variável. Quanto ao grau de calibragem, as areias 1, 2 e 3 são bem calibradas, as areias 4, 5 e 6 são pouco calibradas e a mista é mal calibrada.
De uma forma geral e teoricamente, a porosidade vai diminuindo quanto maior é a granulometria e quanto menor é o grau de calibragem, ou seja, a porosidade diminui de areia para areia, da areia 1 para areia 6. Contudo, há excepções: a areia 2 é mais porosa que a 1; a areia 5 e 6 têm porosidades muito idênticas; a mista, apesar de ter uma calibragem má, tem uma porosidade relativamente elevada (maior que as areias pouco calibradas).
As duas primeiras excepções são explicadas devido a erros na realização da actividade e ao facto de a calibragem não ser tão boa como se pensava inicialmente, ou seja, pode-se concluir que a areia 2 tem melhor calibragem que a areia 1.
A última excepção é a mais admirável e questionável, pois, tendo uma calibragem tão má, a mistura deveria ter a menor porosidade de todas as areias. Contudo, isto não se verifica e a sua porosidade até é maior que outras areias (4, 5 e 6). Tal facto deve-se a outro erro na realização da experiência: sendo esta areia resultante das areias 1, 3 e 5, a sua calibragem tende mais para a boa do que para a má calibragem, já que as areias 1 e 3 são bem calibradas e apenas a 5 é pouco calibrada. Este facto faz com que a mistura tenha uma calibragem inferior às areias 1, 2 e 3, mas superior às areias 4, 5 e 6, pois há superioridade das areias bem calibradas. Portanto, deveria-se ter misturado mais uma areia pouco calibrada (4 e 6) para equilibrar as diferenças entre as calibragens das areias que se misturaram.
Fontes: Silva, Amparo Dias; Santos, Maria Ermelinda; Gramaxo, Fernanda; Mesquita, Almira Fernandes; Baldaia, Ludovina; Félix, José Mário. (2010). Terra, Universo de Vida: 2ª Parte, Geologia. Porto: Porto Editora.
Fontes: Silva, Amparo Dias; Santos, Maria Ermelinda; Gramaxo, Fernanda; Mesquita, Almira Fernandes; Baldaia, Ludovina; Félix, José Mário. (2010). Terra, Universo de Vida: 2ª Parte, Geologia. Porto: Porto Editora.
Bom trabalho. Gostei do teu relatório.
ResponderExcluirNo tema não referes que o objecto principal é a porosidade. No resumo não fazes referência à calibragem e á granulometria.