sexta-feira, 1 de abril de 2011

Relatório sobre a porosidade

Tema/Teoria:
  
  Rochas sedimentares – classificação das rochas sedimentares: rochas detríticas areníticas.

Resumo:

   Uma das classificações utilizadas para as rochas sedimentares baseia-se na origem da fracção predominante que as constitui. Segundo esta perspectiva, podem considerar-se: rochas quimiogénicas, rochas biogénicas e rochas detríticas.
                Rochas detríticas são rochas constituídas por clastos provenientes de outras rochas. Classificam-se de acordo com a granulometria preponderante dos elementos em: rochas conglomeráticas, rochas sílticas, rochas argilosas e rochas areníticas.
                As rochas areníticas não consolidadas denominam-se areias, que, atendendo à sua composição e ao aspecto que apresentam, podem dar muitas indicações sobre a fonte dos materiais que as constituem e sobre as condições ambientais em que se formaram.
                Entre os grãos de areia existem espaços ou poros onde a água ou o ar podem circular e, por essa razão, as áreas são muito permeáveis.

Palavras-chave:
    
    Granulometria; porosidade; rochas detríticas; rochas areníticas; rochas sedimentares; transporte; poros; permeabilidade; rochas desagregadas ou não consolidadas; grau de calibragem.

Observações/Resultados:
Solo
Quantidade de água (ml)
Volume total de areia (ml)
Areia 1
80
170
Areia 2
90
190
Areia 3
90
200
Areia 4
74
200
Areia 5
62
210
Areia 6
68
230
Areia Mista (1+3+5)
66
160
               
Início da actividade
Água a ser adicionada à areia


Areia 1 = 47,1%
Areia 2 = 47,4%
Areia 3 = 45%
Areia 4 = 37%
Areia 5 = 29,5%
Areia 6 = 29,6%
Mista = 41,25%

Areia Mista com água pela superfície
     Na areia 2 visionou-se uma espécie de fumo a ser libertado aquando da adição da água. Pode evidenciar a existência de poeira.
     Na areia 5 foi possível ouvir um som enquanto a água penetrava nos espaços vazios.

Discussão de resultados:
                 
            Como explica a existência de poros nas areias?
                
               Os grãos que constituem as areias assumem formas diferentes porque sofrem transportes diferentes, e portanto não são todos iguais, não encaixando uns nos outros, havendo espaços vazios entre eles.
                 
             Compare a porosidade nas situações ensaiadas
                 
              Através dos cálculos, verifica-se que a areia 2 é aquela que apresenta melhor porosidade, apenas com um pequeno avanço sobre a areia 1. Depois vem a areia 3, de seguida a areia mista, depois a areia 4 e por fim as areias 5 e 6 com porosidades quase iguais.
                 
                Estará a porosidade das areias relacionada com a granulometria e com o grau de calibragem?
                 
               Nesta experiência, a granulometria das areias aumenta de forma crescente, ou seja, a areia 1 tem pouca granulometria e a areia 6 tem grande granulometria. A mistura tem uma granulometria variável. Quanto ao grau de calibragem, as areias 1, 2 e 3 são bem calibradas, as areias 4, 5 e 6 são pouco calibradas e a mista é mal calibrada.
               De uma forma geral e teoricamente, a porosidade vai diminuindo quanto maior é a granulometria e quanto menor é o grau de calibragem, ou seja, a porosidade diminui de areia para areia, da areia 1 para areia 6. Contudo, há excepções: a areia 2 é mais porosa que a 1; a areia 5 e 6 têm porosidades muito idênticas; a mista, apesar de ter uma calibragem má, tem uma porosidade relativamente elevada (maior que as areias pouco calibradas).
              As duas primeiras excepções são explicadas devido a erros na realização da actividade e ao facto de a calibragem não ser tão boa como se pensava inicialmente, ou seja, pode-se concluir que a areia 2 tem melhor calibragem que a areia 1.
               A última excepção é a mais admirável e questionável, pois, tendo uma calibragem tão má, a mistura deveria ter a menor porosidade de todas as areias. Contudo, isto não se verifica e a sua porosidade até é maior que outras areias (4, 5 e 6). Tal facto deve-se a outro erro na realização da experiência: sendo esta areia resultante das areias 1, 3 e 5, a sua calibragem tende mais para a boa do que para a má calibragem, já que as areias 1 e 3 são bem calibradas e apenas a 5 é pouco calibrada. Este facto faz com que a mistura tenha uma calibragem inferior às areias 1, 2 e 3, mas superior às areias 4, 5 e 6, pois há superioridade das areias bem calibradas. Portanto, deveria-se ter misturado mais uma areia pouco calibrada (4 e 6) para equilibrar as diferenças entre as calibragens das areias que se misturaram.              

Fontes:  Silva, Amparo Dias; Santos, Maria Ermelinda; Gramaxo, Fernanda; Mesquita, Almira Fernandes; Baldaia, Ludovina; Félix, José Mário. (2010). Terra, Universo de Vida: 2ª Parte, Geologia. Porto: Porto Editora.                      

Um comentário:

  1. Bom trabalho. Gostei do teu relatório.
    No tema não referes que o objecto principal é a porosidade. No resumo não fazes referência à calibragem e á granulometria.

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